De quem é a culpa?

Em resposta ao meu camarada Natanael, lanço essa nota sobre os problemas causados pelas últimas chuvas em nossa cidade.
Andei pelas ruas do bairro Marco II, onde fica a empresa Embelleze do Sr. Itamar Serpa, presenciei o estrago causado durante as chuvas, inclusive casas que foram literalmente ao chão. Contudo ao perguntar sobre o desvio do rio e da represa supostamente construída a mando do empresário, as respostas eram contraditórias. Alguns falavam que a catástrofe realmente aconteceu por conta da ação do Sr. Itamar, outros falavam que nunca houve represa e o acontecido foi obra da força da natureza. Apesar das divergências eu tendo a acreditar que o referido empresário tem alguma culpa. Chego a essa conclusão por dois motivos:
1.A empresa Embelleze foi multada – de acordo com notícias da grande imprensa – em 200 mil reais pelo Estado e em 80 mil reais pela Prefeitura;
2.Até o momento o empresário (e ainda Deputado Federal) não deu uma entrevista, lançou uma nota ou se posicionou oficialmente sobre o acontecido. Já dizia o ditado que quem cala consente!
Quanto à sua avaliação com relação à ação da Prefeitura, não se preocupe, pois você não está sendo levado pelo romantismo. Tive a oportunidade de visitar e trabalhar em alguns lugares após a enchente. Visitei algumas casas para levantar demanda emergencial (alimentos, roupas, colchão, etc) e o que mais escutei foi: “A Prefeitura nunca fez isso”; “Já passei por várias enchentes, mas é a primeira vez que a Prefeitura dá uma assistência desse tipo”; “Se a Prefeitura não tivesse dragado os rios, teria sido pior”. Claro que nem tudo “são flores” e também ouvi críticas (o que é natural), mas o fato é que a Prefeitura, sob a liderança do Prefeito Lindberg Farias agiu de maneira rápida e coordenada. Gerenciou as doações feitas pela população (altamente solidária), mobilizou o apoio do Exército; criou um Decreto que permitiu a criação do aluguel social e da ajuda direta para quem perdeu bens e já conseguiu o apoio do Governo Federal para a criação de um programa emergencial de habitação para famílias que moram em área de risco.
Para minimizar problemas como estes governo e sociedade devem repensar suas ações. Um simples e abominável ato – por parte da população em geral – de jogar papel, garrafas pet e até sofás velhos em ruas e rios ajuda a acontecer problemas como esse. A ausência de dragagem, que é uma responsabilidade do governo estadual e a permissividade com relações à construção em áreas de risco, além da ausência de um programa habitacional abrangente também contribui para o caos que presenciamos.
Vamos à luta! Cada um cumprindo sua parte para uma sociedade melhor!
É isso!